Os trabalhadores não pertencentes a carreiras de regime especial que exercem funções nos serviços sob tutela do Ministério da Saúde e do Governo Regional dos Açores, incluindo os hospitais EPE, independentemente da natureza do seu vínculo, cargo, função ou setor de atividade, vão estar em greve nos próximos dias 2 e 3 de maio, como forma de protesto pela crescente degradação das suas condições de trabalho.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos (SINTAP), esta paralisação “procura exigir do Governo a necessidade de rapidamente tomar medidas
e iniciar processos negociais no sentido da resolução de questões que se vêm arrastando e que estão a colocar os trabalhadores da saúde numa situação de discriminação negativa face aos demais trabalhadores da Administração Pública.
Os trabalhadores reivindicam:
- a aplicação do horário de 35 horas de trabalho semanal a todos os trabalhadores;
- a progressão na carreira para todos os trabalhadores;
- a dignificação das carreiras;
- o reforço de recursos humanos nos respetivos quadros de pessoal dos hospitais EPE;
- o pagamento das horas de trabalho extraordinário vencidas e não liquidadas;a possibilidade de inscrição na ADSE para todos os trabalhadores;
- a celebração de acordo coletivo para os trabalhadores com contrato individual de
trabalho nos hospitais EPE, conferindo-lhes um regime de carreira que promova a
igualdade face aos demais colegas de serviço; - aumentos salariais justos que travem a degradação salarial.
No entender do SINTAP, uma “forte adesão a esta Greve envia um sinal claro e inequívoco ao Governo de que é tempo de resolver, de uma vez por todas, as injustiças que incompreensivelmente continuam a verificar-se nos serviços da saúde”.
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