A Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves (SPEA) quer colocar o maior número possível de pessoas a monitorizar a chegada das primeiras aves marinhas migratórias aos Açores para quantificar aquelas populações e divulgar o seu potencial.
“O grande objetivo deste projeto é monitorizar em tempo real a chegada das primeiras aves marinhas migratórias aos Açores. São muitas as espécies que nidificam no arquipélago”, disse Ruben Coelho, técnico de conservação da SPEA, nos Açores, em declarações à agência Lusa.
O projeto “chegadas aos Açores” vai desenrolar-se em períodos em concreto, consoante a chegada das aves marinhas.
“A observação divide-se em três grandes grupos, o primeiro de fevereiro a abril, quando as primeiras aves marinhas chegarem, nomeadamente os Cagarros, o Garajau Comum e o Garajau Rosado”, explicou Ruben Coelho, acrescentando que de abril a maio começam a chegar os primeiros Painho de Monteiro (a menor ave marinha dos Açores), o Estapagado e as Almas Negras.
O terceiro período, e ultimo, será o do Painho-da-Madeira e o Frulho, de setembro a novembro.
O responsável da SPEA explicou que em anos anteriores esta observação era feita para o Cagarro, Garajau Comum e Garajau Rosado, mas com esta abrangência de mais espécies “é a primeira vez”.
“E como são aves marinhas é muito mais provável serem observadas junto ao mar, em zonas costeiras. Haverá um período que serão avistadas muitas destas espécies”, sublinhou, acrescentando que os populares podem enviar as observações para o ‘facebook’ da SPEA – Centro Ambiental do Priolo, para o email acores@spea.pt ou colocar diretamente na plataforma ‘Portugal Aves eBird’.
“Mas, este projeto também tem outros objetivos que é promover a observação de aves na região e divulgar as aves migratórias que nidificam cá e inserir isto numa plataforma e daí retirarmos dados importantes como a abundância, a época de ocorrência e a distribuição da espécie”, realçou.
Para a SPEA, este é igualmente um projeto de “extrema importância para ajudar a monitorizar em tempo real a chegada das primeiras aves marinhas migratórias”, promovendo o importante papel destas espécies.
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