A eurodeputada do PSD/Açores integra um grupo restrito de Eurodeputados do PPE que pretende apresentar uma posição conjunta sobre a reforma da Política Agrícola Comum (PAC), direcionada para os países mediterrânicos.
Sofia Ribeiro pretende expor o contexto português, apresentando medidas exclusivas para as regiões ultraperiféricas europeias (RUP), como os Açores.
A pretensão dos dez Eurodeputados de Portugal, Espanha, França, Itália, Grécia e Croácia, que compõem este grupo de trabalho é a de “garantir uma agricultura da UE forte, sustentável e inovadora”, explicou Sofia Ribeiro. “As regiões mediterrânicas da UE apresentam maiores vulnerabilidades aos impactos das mudanças climáticas, como a seca, os incêndios e a desertificação, pelo que os esforços dos agricultores nestas regiões devem ser refletidos e apoiados na PAC − e essa é uma das razões para a existência deste grupo de trabalho”, afirmou.
Recorde-se que a Eurodeputada foi relatora da Comissão da Agricultura do Parlamento Europeu do documento sobre o próximo Quadro Financeiro Plurianual, aprovado no final do mês de janeiro.
Com esta proposta, explicou a Social-democrata, “as regiões ultraperiféricas acabam por beneficiar com a possibilidade de se aumentar o envelope financeiro do POSEI” bem como “é defendida a urgência da criação de um quadro legislativo europeu de combate às práticas comerciais desleais”. Segundo a Deputada Açoriana, continua a estar expressa “a defesa do reforço do orçamento da PAC bem como da sua atual estrutura com os dois pilares intactos, evitando o cofinanciamento nacional nos pagamentos diretos e as tentativas de renacionalização do sector agrícola, bem como a necessidade de modernização e rejuvenescimento do setor agrícola, apoiando a entrada de novos e jovens agricultores, ao mesmo tempo que se criam condições para a saída do sector dos menos jovens, garantindo sempre a transmissão das boas práticas, de modo a não desperdiçar os saberes adquiridos ao longo dos anos às novas gerações”.
Sofia Ribeiro identificou que, com este documento, “este grupo restrito de deputados do PPE mostra quais as prioridades que devem moldar a próxima reforma da PAC, especialmente numa realidade Europeia sem o Reino Unido e com enormes desafios para compensar esta perda de financiamento”.
“Apenas uma PAC bem financiada pode fornecer à União Europeia uma ferramenta que garanta a segurança e qualidade alimentar, satisfazendo os padrões ambientais e bem-estar animal, obtendo produtos agroalimentares de elevadíssima qualidade a preços acessíveis aos consumidores europeus”, ressalvou Sofia Ribeiro.
Foto: GSR
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