Os deputados do PS/Açores eleitos pela Terceira lamentaram ontem a desvalorização do trabalho realizado, junto do Governo regional, em prol do desenvolvimento económico e social da ilha.
“É, por vezes, injusto ser deputado do partido que suporta o Governo. Muito do trabalho que é feito, por vezes, não pode nem é necessariamente público”, afirmou Mónica Rocha, na reunião do Conselho de Ilha da Terceira, reportando-se ao “esforço feito”, ao longo do último ano, por parte do parlamentares socialistas, criticando que o mesmo seja, por vezes, “ignorado” ou “não tão valorizado”.
A deputada terceirense referiu que foi solicitada uma audiência, com caráter de urgência, à secretária regional dos Transportes e Obras Públicas para fazer o “ponto de situação” das questões reivindicadas pelo Conselho de Ilha, recordando, igualmente, a conjugação de “consensos efetivos”, mantidos com deputados de outros partidos, com vista à solução de outras reivindicações prementes.
Mónica Rocha admitiu que existem investimentos inscritos no Plano Anual que “têm demorado”, apontando, no entanto, que tal não indica que o executivo açoriano “não tenha intenção de os cumprir”.
“Existem processos morosos, nomeadamente no que diz respeito ao porto da Praia e no estudo de impacto ambiental na obra do Porto das Pipas”, sublinhou, realçando que foi garantido pela secretária regional que, no início de 2019, seriam “dados passos concretos”.
A parlamentar salientou que “é transversal a todos os setores” um investimento equilibrado, admitindo ser necessário “aprimorar estratégias”.
“Diminuir a ação do Governo regional, face a determinadas ações inscritas, a uma perspetiva passiva é desvalorizar um conjunto de tantas outras pastas que, este ano, foram efetivamente resolvidas, mediante a mediação do Governo regional dos Açores com o Governo da República”, criticou.
Para Mónica Rocha, será o Partido Socialista, que “inscreveu estas promessas nos manifestos eleitorais”, o mesmo Partido Socialista que “as vai cumprir”, numa “ação concertada, equilibrada, consciente e responsável”, na procura de uma “coesão social equilibrada e harmoniosa das nove ilhas”.
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