A presidente do grupo parlamentar do Bloco de Esquerda, na Assembleia Legislativa dos Açores, defendeu ontem a extinção da Saudaçor, S.A., por entender ser um “instrumento desnecessário”, contribuindo para “malabarices contabilísticas” para efeitos de “mera propaganda política”.
“Bem percebemos, agora, porque é que o Governo Regional se recusa a extinguir a Saudaçor, integrando os seus trabalhadores na secretaria regional que a tutela. Sendo verdade que, pelas atuais regras, a Saudaçor — com uma dívida global de 551 milhões de euros — integra o perímetro consolidado da dívida da Região, também é verdade que, de acordo com as mesmas regras, esta dívida não é assumida como dívida direta da administração regional”, afirmou Zuraida Soares, acrescentando que “se o fosse, a dívida direta da Região não seria de 573 milhões de euros, mas sim de 1124 milhões de euros, passando dos cerca de 20% do PIB, como o Governo assume, para 40%”.
Segundo a parlamentar, o BE “continuará a propor a extinção” da empresa Saudaçor, e a integração dos seus serviços na secretaria regional da Saúde.
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