A Direção Nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP) anunciou um reforço de 32 agentes para o Comando Regional da PSP dos Açores já a partir da próxima semana, permitindo colocar mais um polícia por esquadra.
Segundo notícia da Lusa, a vinda de 32 novos agentes, segundo os dados recolhidos, é um reforço real de 25 agentes, porque será necessário contar com a saída de diversos agentes que pediram transferência para o continente e Madeira.
As colocações dos novos elementos são uma responsabilidade do Comando Regional da PSP dos Açores, que deverá distribuir o efetivo, consoante as necessidades das Divisões de Ponta Delgada, Angra do Heroísmo e Horta.
O reforço destes agentes é considerado positivo, mas insuficiente para o coordenador dos Açores da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia. Segundo Luís Soares, a Ministra da Administração Interna deveria ter mantido o compromisso, assumido durante o Dia do Comando Regional em 10 de maio, de reforçar os Açores com 50 novos agentes. “Vamos ficar apenas com 50 por cento do número de agentes prometido”, vinca o delegado sindical.
Luís Soares alerta que “o poder político deve ter em atenção o crescimento do turismo nos Açores”, advertindo que “muitos turistas estão a visitar a Região, porque os seus anteriores destinos de férias deixaram de ser regiões seguras. Espero que as pessoas tenham uma visão proativa e comecem a pensar que os crimes contra turistas podem ser uma realidade”. Luís Soares salienta ainda que compete aos políticos garantir condições para que os Açores “continuem a ser uma Região segura” e lembra que atualmente existem “esquadras a funcionar apenas com um polícia”. “Nos Açores menos um polícia significa o encerramento temporário de uma esquadra, porque há esquadras que funcionam com um agente. Agora vai passar a haver esquadras com dois agentes”, conta. Será preciso recuar a 2009 para encontrar um reforço de agentes superior ao verificado este ano. Na época vieram 38 novos agentes, sendo desconhecido o número de agentes que foi transferido para o continente.
O coordenador aproveita para defender a necessidade de investimento na construção de uma nova esquadra da PSP na Ribeira Grande, porque a atual esquadra funciona há vários anos numa ala dos Bombeiros Voluntários. Também são necessárias obras urgentes na esquadra das Velas de São Jorge, na esquadra da Praia da Vitória e numa esquadra da ilha do Pico. É ainda necessário construir ou adaptar um edifício para a PSP na ilha do Corvo, porque existe a necessidade de garantir o cumprimento das regras de segurança aeronáutica, uma competência exclusiva da PSP.
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