Os deputados do PSD/Açores, na Assembleia da República, questionaram a ministra da Administração Interna sobre a não colocação de agentes da PSP nos Açores e sobre o encerramento da esquadra da Graciosa, sempre que o único agente de serviço é chamado a fazer a segurança no aeroporto daquela ilha.
“A falta de efetivos da PSP nas esquadras dos Açores é um assunto recorrente que tem motivado o protesto das populações das várias ilhas”, salientam Berta Cabral e António Ventura, acrescentando que “são mais de 200 agentes em falta no comando regional e em todas as esquadras dos Açores”.
Os social democratas lembram que a ministra da Administração Interna “prometeu a colocação de 50 agentes nos Açores e até agora apenas chegaram 25, sendo certo que alguns dos que ali prestavam serviço já saíram para outras regiões do país”.
“Passados mais de 1 ano e meio de governo a promessa da Ministra da Administração Interna não foi cumprida”, criticam.
No entender dos parlamentares açorianos, “o serviço degrada-se, o sentimento de insegurança aumenta e só não é pior graças à abnegação e sentido de responsabilidade dos agentes e dos seus responsáveis que, com sacrifício pessoal, continuam a colocar a segurança e o bem-estar das populações em primeiro lugar”, realçando que “acresce a esta falta de efetivos a orientação superior recente de não poderem fazer serviço `gratificado´ fora do horário de trabalho por falta de orçamento para o efeito”.
Os deputados referem que “no passado dia 1 de Maio, a única esquadra existente na ilha Graciosa teve que encerrar, em virtude de o único agente de serviço ter de fazer a segurança no aeroporto daquela ilha durante o seu horário normal de trabalho”.
“São várias as situações em que esquadras da PSP nos Açores têm de encerrar ao longo do dia, quando o agente que se encontra sozinho a prestar serviço é chamado para alguma ocorrência, situação absolutamente inaceitável”, consideram.
Segundo Berta Cabral e António Ventura, “é importante que o Governo entenda que a PSP, que é uma Polícia Nacional, se deve adequar à realidade das ilhas que é muito na medida em que não é possível, em situações de emergência e criticas, deslocar efetivos para os Açores, como faz entre distritos no continente”.
“É necessário olhar para este problema com seriedade, dotando as ilhas de efetivos suficientes, até porque estamos a falar de segurança e de vidas humanas”, concluem.
GI PSD/+central