
O deputado do PSD/Açores na Assembleia da República criticou hoje a atuação pouco dinâmica do Governo na potenciação da posição geoestratégica das Regiões Autónomas dos Açores e da Madeira.
Em reação à resposta do ministro dos Negócios Estrangeiros à Pergunta Parlamentar ‘Posição geoestratégica dos Açores’, António Ventura considera que o executivo nacional tem feito “poucochinho” nesta matéria, apontando para falta de aplicação da recomendação aprovada no Parlamento em março deste ano.
Na iniciativa aprovada com os votos do PSD, CDS-PP, PCP, PEV, PAN e do deputado, na altura socialista, Paulo Trigo Pereira, os social democratas recomendavam um melhor aproveitamento [desta posição] no quadro da política externa da União Europeia, reconhecendo “de forma institucional, política e jurídicas as vantagens e os desafios da posição geoestratégica e geopolítica dos Açores e da Madeira”.
Para António Ventura, este conhecimento “contribuirá para continuar a posicionar os Açores e a Madeira no âmbito do investimento Europeu e mundial nestas áreas”, considerando que as vantagens deste posicionamento “constituem um repto do futuro que deve ser preparado no presente”.
“Num mundo cada vez mais globalizado, a posição geoestratégica dos Açores e da Madeira torna-se numa mais-valia e num trunfo geopolítico para a União Europeia, tornando-se na fronteira onde a UE pode desenvolver a sua ação externa, sobejamente reconhecido pela Comissão Europeia em diversas comunicações”, sublinha o parlamentar açoriano.
Ventura realça que a centralidade dos Açores e da Madeira “cria oportunidades estratégicas no domínio de várias potencialidades relacionadas com a navegação comercial aérea e naval”, possibilitando a criação de novas empresas e empregos, designadamente nos portos e aeroportos, aproveitando as suas potencialidades “em benefício das suas populações”.
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