O presidente do PS/Açores e o presidente da Comissão Política Regional (CPR) do PSD trocaram hoje acusações de “falta de credibilidade”, sobre a assunção de responsabilidades da República em relação à Universidade dos Açores.
No encerramento do XIII Congresso Regional da Juventude Socialista dos Açores, Vasco Cordeiro afirmou que Duarte Freitas já era líder do PSD/Açores quando este partido, com deputados eleitos na República, aprovou “orçamentos que cortaram no financiamento da Universidade dos Açores”, acrescentando que a crítica do PSD é “um exercício de legitimidade política, mas falta a legitimidade moral, falta a credibilidade”, para “ser levada a sério essa posição, consoante o Governo que está na República, se dizer uma coisa ou outra”.
Em questão está o facto do Governo liderado por António Costa ir, alegadamente, deixar de assumir o pagamento do empréstimo contraído pela Universidade dos Açores, em 2012, com vista à sua recuperação financeira, o que se traduz num compromisso financeiro anual de 614 mil euros.
Em reação, a Comissão Política Regional do PSD/Açores veio esclarecer que, para Vasco Cordeiro, “é mais importante atacar o PSD/Açores e o seu líder do que denunciar o incumprimento do Governo da República com a Universidade dos Açores”.
“O presidente do PS/Açores já não tem autoridade moral e política. A falta de pulso na liderança do seu governo, a constante submissão à República e as graves suspeitas na gestão de alguns serviços públicos revelam que Vasco Cordeiro perdeu toda a sua credibilidade”, referem em comunicado.
No documento enviado às redações, a CPR do PSD concretiza que “o vice-presidente do governo regional esconde informação ao Tribunal de Contas sobre as finanças públicas e Vasco Cordeiro nada faz, mostrando assim que não tem autoridade política sobre o seu governo”, acrescentando que “as suspeitas de corrupção e tráfico de influências na administração pública regional, que estão a ser investigadas pelas autoridades, deviam fazer o presidente do governo pensar duas vezes antes de pôr em causa a legitimidade moral dos adversários políticos”.
No final do comunicado, o PSD recorda que Vasco Cordeiro, “como um apoiante entusiástico de José Sócrates, devia ter mais pejo em falar da legitimidade moral dos outros”.
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