Os deputados do PS/Açores e o Governo regional exigiram hoje aos grupos parlamentares do CDS-PP e do PSD e à representação parlamentar do PPM um “pedido de desculpa”, na sequência dos últimos desenvolvimentos da comissão eventual de inquérito ao Setor Público Empresarial Regional e Associações Públicas.
Este pedido surge após o reconhecimento pelo presidente da comissão de inquérito, João Bruto da Costa, que a informação solicitada sobre um conjunto de empresas fora do âmbito da Comissão “foi um lapso”.
Para os parlamentares socialistas não há dúvida que os recentes dados, que vieram a público, “contrariam tudo aquilo que os partidos proponentes da Comissão de Inquérito acusaram o Governo dos Açores, e por seu intermédio o Partido Socialista, de esconder”.
“Exigimos que façam um pedido de desculpa ao Partido Socialista, por terem feito um conjunto de intervenções, um conjunto de interrogações e criticas que, na sua maior parte, não tinha qualquer tipo de fundamento”, afirmou Francisco César, insistindo na explicação que é devida ao Partido Socialista e ao Bloco de Esquerda, por não terem acesso a informação que foi partilhada com os outros três partidos.
“Esta não é uma forma transparente de trabalhar, não é uma forma democrática de trabalhar”, salientou, adiantando que na reunião de quinta-feira vão exigir que se perceba qual o verdadeiro objetivo da comissão.
Também o Governo dos Açores entende que o “desconhecimento, total descoordenação e alguma má-fé, torna exigível, a bem da verdade, da transparência e da responsabilidade, um pedido de desculpas”.
Em nota publicada na sua página oficial na Internet, o executivo açoriano esclarece que a acusação dirigida ao Governo dos Açores pelos deputados proponentes da comissão não tem fundamento, “não tem justificação, nem tem qualquer correspondência com a realidade”.
“A acusação é falsa e sem qualquer fundamento. No combate político não vale, nem pode valer tudo”, realça o Governo regional, reiterando e reafirmando que, “nesta, como em todas as outras matérias, não ocultou, não oculta, nem ocultará informação a esta comissão do Parlamento dos Açores”.
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