A Comissão Política Regional (CPR) do PSD/Açores reiterou ontem a sua “absoluta confiança” no presidente da comissão de inquérito ao Setor Público Empresarial Regional e Associações Sem Fins Lucrativos Públicas e nos seus deputados que a integram, acusando Parlamento e Governo de “encenarem” fuga de informação.
Sabrina Coutinho Furtado, secretária-geral do PSD/Açores, considerou, à margem da reunião da CPR do partido, convocada de urgência devido à situação da privatização da SATA, que o Governo regional e o Partido Socialista “encenaram uma farsa sobre uma suposta fuga de informação para desviar as atenções do que realmente importa: nunca houve uma proposta concreta para compra da SATA Internacional”.
“A senhora Presidente da Assembleia Legislativa abriu um inquérito à suposta fuga de informação antes desta acontecer. Os documentos só foram tornados públicos às 20 horas de quinta-feira, no Telejornal da RTP/Açores. Mas às 17.44 do mesmo dia a senhora Presidente da Assembleia já estava a anunciar a abertura de um inquérito”, lembrou, sublinhando estar-se perante “uma farsa da responsabilidade da presidente da Assembleia, manipulada pelo Partido Socialista”.
Concretamente, sobre o processo de privatização da SATA Internacional, o PSD considera-o “uma fraude política”.
“O Governo regional e o Partido Socialista mentiram aos açorianos. O governo regional e o Partido Socialista voltaram a cometer um ato de gestão danosa na SATA. Isto é um insulto ao povo açoriano”, afirmou Sabrina Coutinho Furtado.
A dirigente social democrata salientou que o processo de privatização “deveria ter sido anulado imediatamente no mês de julho, por falta de propostas concretas”, mas que o governo “preferiu fazer uma encenação durante quatro meses”.
“No mês passado, a secretária regional dos Transportes chegou ao ponto de prestar falsas declarações à comissão parlamentar de inquérito – o que pode configurar crime – quando disse que havia uma proposta vinculativa. Mentiu. Isto é um insulto ao povo açoriano”, frisou Sabrina Furtado, acusando Vasco Cordeiro de ser o “responsável máximo pela fraude política que foi o processo de privatização da SATA Internacional”.
Foto: JEdgardo Vieira
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