A Direção Regional do PCP/Açores (DORAA) reiterou ontem que as propostas de Plano, Orçamento e Orientações de Médio Prazo 2017-2020, recentemente aprovadas no parlamento regional, dão suporte a uma política de mera continuidade, sem ideias novas, nem inversões nas suas medidas mais gravosas, de cuja aplicação resultará forçosamente o agravamento da situação económica e social dos açorianos.
No entender dos comunistas açorianos, “a rejeição sistemática, pelo partido que suporta o Governo Regional, de propostas do PCP tão relevantes como a eliminação das taxas moderadoras, o aumento do complemento regional ao salário mínimo, o aumento do complemento de pensão, a distribuição gratuita dos manuais escolares tal como já sucede no continente, a par de múltiplas obras e medidas necessárias ao desenvolvimento de cada uma das ilhas e da Região no seu conjunto, mostram bem a falta de abertura do partido que suporta o Governo Regional, a sua cegueira perante os problemas sentidos pelos açorianos e a sua teimosia em persistir em políticas erradas cujos resultados estão hoje gritantemente à vista”.
Em comunicado remetido às redações, a DORAA aponta, inclusive, “o mau exemplo dado pelo Governo Regional em relação aos trabalhadores da administração pública regional e do setor público empresarial regional, em relação a três questões fundamentais: a precaridade laboral, a não promoção da contratação colectiva e o não cumprimento da formação profissional.
O PCP mostrou-se, também, muito critico em relação à política das pescas que tem vinda a ser implementada na Região, realçando que urge a paragem de pelo menos dois terços da frota, durante o período da reprodução, (no mínimo Janeiro, Fevereiro e Março), com entrega das cartas na Capitania, mas de forma sustentada, como se faz já no Continente e na Madeira, sendo o período de paragem biológica pago.
Sobre as eleições autárquicas deste ano, a direção regional do PCP/Açores “reafirmou a importância da CDU enquanto espaço de participação livre e democrática de milhares de açorianos, militantes do PCP, do PEV e independentes, na construção de rumos de desenvolvimento local ancorados num profundo conhecimento dos problemas das populações e tendo em vista a sua solução”, acrescentando que estabeleceu como objetivo “concorrer a mais órgãos autárquicos do que nas eleições anteriores, em todas as ilhas, reforçando posições e envolvendo ainda mais açorianas e açorianos no espaço democrático”.
Informou ainda que estas candidaturas “serão apresentadas publicamente até ao final do primeiro semestre deste ano”.
Foto: CDU Açores
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