
A Comissão de Ilha do PCP/Terceira denunciou hoje a situação de ruína que afeta os setores agrícola e piscícola na ilha, culpando o PS de criar o caos na economia e na sociedade.
Em comunicado, os comunistas terceirenses referem que os agricultores e também os pescadores na ilha “veem os seus rendimentos cada vez mais reduzidos, sendo empurrados para a falência, o desemprego ou outras atividades”, em resultado das políticas de integração europeia que “limitam o nosso direito a produzir, desvalorizam os nossos produtos e destroem os nossos recursos naturais, em especial abrindo os nossos mares à atividade predadora de frotas estrangeiras”.
“A situação da lavoura na ilha Terceira é, nesta fase, perfeitamente ruinosa para os produtores de leite, o que determina, um impacto igualmente negativo na estrutura económica terceirense, dada a relevância deste setor na ilha e no contexto regional”, salientam, considerando ser urgente “encontrar alternativas credíveis ao monopólio da Pronicol” (única empresa transformadora de laticínios na ilha).
O PCP/Terceira critica a imposição pela empresa de preços de compra do leite muito baixos e de penalizações por excesso de produção, assim como a impossibilidade de capitalizar o potencial da matéria-prima, apostando sobretudo na produção massificada de laticínios padrão, em detrimento de produtos que a valorizem.
Os comunistas realçam que, apesar das dificuldades que o setor atravessa, a atividade agrícola e pecuária continuam a assumir um peso estratégico na economia da ilha e na regional, não apenas pela dimensão da riqueza gerada ou do emprego que diretamente criam, mas também pelas atividades relacionadas, a montante e a jusante, com o comércio, transporte, serviços e indústria transformadora.
O PCP defende uma mudança na política agrícola regional, potenciando a valorização do produto único e de excelência – o leite dos Açores – quer através de produtos de valor acrescentado, quer melhorando a rede de escoamento desses produtos ou ainda com uma maior fiscalização e controlo das práticas comerciais nas grandes superfícies, garantindo condições justas aos produtores.
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