
O deputado europeu Paulo Rangel criticou ontem, em Ponta Delgada, a postura de conivência do Governo da República perante os cortes aprovados no Orçamento Europeu, que “prejudicam diretamente os Açores”.
“E o POSEI? O corte de 4% no POSEI, que prejudica os Açores diretamente? Este Governo é responsável por isso, está disposto a pactuar com isso, e tem o descaramento (…) de vir aos Açores falar no contrário”, declarou, falando do Programa de Opções Específicas para o Afastamento e a Insularidade nas Regiões Ultraperiféricas (POSEI), parte integrante da Política Agrícola Comum (PAC).
Na sua intervenção num jantar conferência inserido no XX Congresso da Juventude Social Democrata dos Açores, o eurodeputado referia-se à proposta de quadro comunitário, aceite pelo executivo de António Costa, que, no seu entender, “prejudica Portugal em 7% a 10%”, beneficiando países mais ricos.
“Se há partido que tem defendido no Parlamento Europeu os Açores, a Madeira, as regiões ultraperiféricas e já agora digo Portugal, é o PSD. Com o PSD, nunca as autonomias das regiões ultraperiféricas ficam prejudicadas”, sublinhou.
Questionado sobre se sente atualmente, à imagem de palavras do Presidente da República, uma “grande vontade de se recandidatar”, Paulo Rangel devolveu, de forma descontraída: “Não estive com o papa, e portanto não posso ter esse grau de inspiração espiritual que teve o Presidente da República”.
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