O cabeça de lista do Partido Popular Monárquico (PPM), pelo círculo eleitoral da ilha de São Miguel, às eleições legislativas regionais, anunciou ontem que vai abdicar do seu vencimento, caso seja eleito deputado ao parlamento dos Açores.
No discurso, no âmbito da apresentação da sua candidatura, Paulo Gusmão referiu que irá prescindir do seu vencimento como deputado no sentido de tentar influenciar os jovens para a prática da política com o sentido de serviço idealista em prol da sociedade.
“Sei que o primeiro voto de cada jovem é sempre um voto cheio de idealismo, um voto carregado de sonhos e de esperança e, como eu conheço bem a amargura da desilusão face à realidade da política, tudo farei para que sejam os jovens os apoiantes pioneiros e orgulhosos de uma nova forma de servir a causa pública”, afirmou o candidato.
Gusmão acrescentou que “para ser totalmente livre no desempenho das minhas funções, anuncio que, à semelhança dos tantos e tantos açoreanos que se dedicam às suas associações, filarmónicas, escuteiros, coros, irmandades, voluntariado, a troco de coisa nenhuma, que não o serviço ao bem comum, regresso à política como um serviço cívico pelo que, mesmo sendo eleito deputado, entregarei o respetivo ordenado em favor das nossas causas, servindo gratuitamente a minha terra”.
“Com isso não me considero sequer melhor do que os outros que, legitimamente, recebem o vencimento pelo seu trabalho, até porque eu próprio já fui deputado durante 8 anos e também recebi o meu justo vencimento mensal”, referiu, salientando que não quer “beliscar os direitos” de ninguém que em determinado tempo tenha servido a causa pública com aquelas que eram as regras de então e que, quer se concorde ou não, “foram as suas condições de serviço, o que, com o devido respeito, não é legítimo postumamente defraudar”.
Paulo Gusmão quer “dar um contributo positivo para uma nova forma de fazer política que prepare o futuro dos Açores para ser uma Região mais livre, mais aberta à participação de todos, mais idealista, em que todos sintam a obrigação de arregaçar as mangas ao serviço do bem comum”.
“Só peço que votem em mim por poder ser um bom deputado e não por ser o mais barato…”
Foto: Paulo Gusmão (Facebook)
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