A deputada do CDS-PP Açores, eleita pelo círculo eleitoral da ilha de São Jorge, entende que “o político de hoje tem que acreditar que é possível concretizar sonhos na sua terra”, sob pena de aumentar, ainda mais, o distanciamento entre eleitos e eleitores.
Num artigo de opinião, publicado na edição de janeiro da folhacds, Catarina Cabeceiras destaca que “o grande desafio atual da vida política é, sem dúvida, chegar às pessoas”.
“É necessário revigorar esta nobre atividade, fazendo com que os cidadãos se liguem ao mundo da política… A política faz-se de pessoas e só é feita para as pessoas! É fundamental reaproximar os cidadãos, conseguir que eles se revejam e, acima de tudo, acreditem no trabalho dos políticos. É certo que os eleitores devem estar próximos dos políticos, mas, antes demais, os políticos só podem ser verdadeiramente úteis no desempenho das suas funções se estiverem mais perto do Povo que os elegeu”, salienta.
No entender da parlamentar, “cada vez mais, as pessoas encontram-se desligadas e afastadas; encontram-se desmotivadas; muitas vezes desiludidas, ao ponto de se criar uma imagem de que os políticos são todos iguais. Observa-se um crescente distanciamento e isto nota-se nos elevados níveis de abstenção”.
“Urge fazer perceber, aos nossos concidadãos, que a política está presente no nosso quotidiano e tem um papel fundamental no nosso dia-a-dia. A política é uma discussão de pontos de vista, focada na busca de consensos alargados”, realça a popular açoriana, alertando que “não se pode, nem deve, procurar o melhor, sem ter em conta que: na política, como na vida, não vale tudo!”.
Para Catarina Cabeceiras, “o político de hoje tem que acreditar que é possível concretizar sonhos na sua terra”.
“Esta concretização só é possível em diálogo constante com os cidadãos, materializando uma efetiva relação de proximidade, marcando uma forte presença no dia a dia, pois os eleitores são, cada vez mais, esclarecidos e seletivos nas escolhas que fazem”, constata a eleita, frisando que os cidadãos “já não votam só pelos partidos, nem tanto pelas ideologias políticas”.
A engenheira acredita que “é crucial reforçar os laços de proximidade, com todos os nossos concidadãos e instituições; o fortalecimento da cooperação e a proximidade com as freguesias, órgãos autárquicos e associações concelhias tem de ser uma aposta importante”.
“É nossa função alterar a atual imagem da classe política e fazer com que as pessoas acreditem nos políticos e no seu trabalho”, refere a deputada jorgense.
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