O ministro do Planeamento e das Infraestruturas afirmou hoje que o processo de privatização da ANA, realizado pelo governo do PSD/CDS-PP, não deixa margem para uma intervenção na melhoria da operacionalidade e segurança do aeroporto da Horta, na ilha do Faial.
“O contrato de concessão da ANA, definido para 50 anos, quando foi negociado pelo governo anterior não incluía a questão da operacionalidade do aeroporto da Horta”, afirmou Pedro Marques, quando questionado pela vice-presidente do PSD, na Assembleia da República, Berta Cabral.
O governante acrescentou que “no futuro o tema pode ser revisitado” mas, devido à longevidade do contrato de concessão, o operador privado tende a ser “um bocadinho rígido” na sua alteração.
Berta Cabral havia lembrado que o setor do Turismo, nos Açores, “tem conhecido fortes desenvolvimentos nos últimos tempos”, considerando que não se pode permitir “qualquer tipo de estrangulamento que faça regredir este setor de atividade”, apontando as limitações de operacionalidade do aeroporto da ilha do Faial um fator limitativo.
“Sei que é do seu conhecimento que o aeroporto da Horta tem enormes limitações de operacionalidade, precisa de ser ampliada a sua pista e precisam de ser criadas infraestruturas de segurança para que não hajam tantos cancelamentos e desvios de voos”, referiu a deputada açoriana.
No entender da social democrata, apesar destes investimentos não estarem previstos no plano de concessão e privatização da ANA, mas lembra que “já passou muito tempo” e que “nada é imutável”.
“As dinâmicas sociais e económicas exigem pro-atividade do governo. É para isso que nós temos um governo, senão, não precisávamos de o ter”, realçou.
Berta Cabral questionou para quando “a abertura de negociações com a ANA para proceder à ampliação da pista do aeroporto da Horta”.
“As pessoas não querem desculpas. As pessoas querem resultados. Os açorianos querem resultados”, enfatizou a parlamentar.
Foto: Direitos Reservados
+central