O secretariado regional do Sindicato Independente dos Médicos (SIM) nos Açores denunciou hoje a “completa incapacidade” da secretaria regional da Saúde em criar condições para a fixação de médicos, “não aproveitando sequer aqueles que o querem fazer”.
Em comunicado, a direção do SIM/Açores revela que há recém-especialistas em Medicina Geral e Familiar com vontade de exercer como Médicos de Família, que por inépcia da tutela poderão não ter vaga para o fazer.
O sindicato denuncia também que executivo açoriano “mantém-se sem pagar a última hora noturna, entre as 7 e as 8 horas, aos médicos sindicalizados de acordo com o ACT”, exigindo o cumprimento da lei.
“Exigimos que seja corrigida a situação do não pagamento da remuneração base de acordo com a tabela, que lesa mensalmente os médicos, sem que haja uma razão para tal”, referem, convidando o secretário regional da Saúde a “contribuir para a redução das listas de espera para cirurgias, que têm sido bandeira política de sucessivos governos, ao usar da autonomia administrativa e financeira que detém, reduzindo as horas de trabalho normal nos Serviços de Urgência de 18 para 12, permitindo a que os cirurgiões possam efetuar mais consultas e cirurgias e que as especialidades médicas também possam reduzir os tempos de resposta para uma consulta hospitalar”.
No comunicado de imprensa, o SIM/Açores desafia Rui Luís a “esclarecer a razão do incumprimento da lei relativa aos atestados médicos para obtenção e revalidação da carta de condução, uma vez que a obrigatoriedade da emissão do atestado por via electrónica, não estar a ser cumprida”.
“Apelamos à criação de Centros de Avaliação de Condutores, como único meio de garantir o cumprimento da lei a equidade e a correta avaliação dos condutores”, salientam.
Em suma, os médicos querem que o secretário regional da Saúde “exerça as suas competências, traçando linhas orientadoras claras, dando meios e criando condições para que os profissionais de saúde, nomeadamente os médicos, possam exercer de forma efectiva a sua função, cuidando da saúde dos açorianos e não perdendo tempo e energia a solucionar problemas que as administrações dos Hospitais e Unidades de Saúde de Ilha não resolvem por incompetência ou falta de meios”.
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