O vice-presidente do Governo dos Açores destacou ontem o aumento de 16% na execução do investimento público na Região, até ao mês de julho, o representou uma injeção na economia açoriana de mais 30,7 milhões de euros, comparativamente com o mesmo período do ano passado. O PSD entende que se tratam de “manobras” financeiras para iludir os açorianos sobre a execução do investimento público.
Para Sérgio Ávila, “este aumento é revelador do esforço que o Governo dos Açores tem feito para aumentar a execução do investimento público como contributo para a consolidação da retoma económica na Região”.
De acordo com o governante, a consolidação da retoma economia dos Açores assenta em quatro vetores essenciais, nomeadamente “o crescimento do investimento privado, o aumento das exportações, a dinamização do consumo interno e o incremento do investimento público”.
“Face aos dados mais recentes, a Região tem consolidado o seu crescimento económico, concretizando um novo ciclo de desenvolvimento que tem projetado um maior crescimento do emprego, geração de mais riqueza, mais produção e de mais produtividade”, frisou o titular da pasta do Emprego e Competitividade Empresarial.
Ainda segundo Sérgio Ávila, “o investimento privado tem registado um crescimento assinalável, as exportações têm aumentado, o consumo interno tem crescido e o investimento público, com os dados revelados e anunciados, também têm dado um contributo muito importante para a consolidação do crescimento económico dos Açores, para a concretização deste novo ciclo de desenvolvimento e para a criação de mais e melhor emprego e de maior riqueza na Região”.
Ora, para António Vasco Viveiros, porta-voz do PSD/Açores para a Economia e Finanças, Sérgio Ávila “disparou” esses dados quando apenas são públicos os dados referentes primeiro trimestre deste ano.
“Sérgio Ávila congratula-se com indicadores que só o Governo conhece, quando estes deviam estar disponíveis publicamente, o que revela pouca transparência e aversão ao contraditório”, critica o social democrata em comunicado, acrescentando que esta “manobra do vice-presidente” do executivo deixa a oposição e os parceiros sociais “sem qualquer possibilidade de contraditório e de uma análise mais específica que, no fim, poderá contrariar as conclusões do Governo regional quanto ao ‘esforço de aumento do investimento público'”.
António Vasco Viveiros alerta ainda para o momento em que esse anúncio da execução de investimento público é feito: a poucas semanas de se iniciaram as audições do Governo regional com os representantes de partidos políticos e parceiros sociais sobre as propostas do Plano Anual de Investimentos de 2019.
“As taxas de execução dos Planos de Investimentos de anos anteriores têm sido anormalmente baixas, gerando a contestação generalizada dos partidos da oposição e dos parceiros sociais. Neste quadro, o Governo regional procura combater a sua falta de credibilidade com manobras como esta”, afirma.
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