O anunciado, e confirmado, fim das ligações aéreas da Azores Airlines, detida pela SATA, entre a ilha Terceira e a cidade do Porto corresponde ao falhanço do Eixo 8 do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira (PREIT).
No documento, compilado em 2015 pelo Governo dos Açores, o único acionista da transportadora aérea açoriana assumia que iria “propor e promover medidas para o fomento da competitividade logística da ilha Terceira, com o incremento das ligações com o continente e a realização de investimentos no Porto da Praia da Vitória e no Aeroporto das Lajes”, assumindo, igualmente, que tal objetivo iria “aumentar a Competitividade Logística” da ilha.
Neste eixo de investimentos, o executivo açoriano propunha “reforçar a operação da Azores Airlines e da SATA Air Açores, na Base das Lajes”, possibilitando “assegurar níveis adequados de escoamento por via aérea e com disponibilidade para a carga de valor acrescentado, dentro das frequências mínimas requeridas pelos mercados de exportação”.
Ora, esta decisão de abandonar a rota aérea de ligação com a cidade do Porto implica a não aplicação do Plano de Revitalização Económica da Ilha Terceira, gorando as expetativas dos empresários, em particular, e de todos os terceirenses, no geral.
Contra isto, a Câmara Municipal da Praia da Vitória aprovou hoje, por unanimidade, um voto de protesto contra o fim da rota da Azores Airlines, considerando que tal “põe em causa turismo no Concelho e na ilha”.
O voto, apresentado pelos vereadores do PSD na autarquia, mereceu a concordância do executivo socialista, sendo unânimes no “mais veemente repúdio pela eliminação da rota (…) por parte da Azores Airlines”.
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