O PSD foi a votos na Terceira.
Como esperado, António Ventura foi (novamente) escolhido para liderar os destinos dos social democratas terceirenses, como presidente da Comissão Política de Ilha.
O maior ativo do PSD na Terceira, e um dos melhores ativos políticos dos Açores, Ventura não se “acaçapou” e conseguiu uma expressiva vitória, obtendo mais de 400 votos que a lista oponente — apoiada pela estrutura cessante — que não conseguiu “unir o PSD, unir a Terceira”.
Sobre a Comissão Política de Ilha que cessou funções, dizer que, no meu entender, desgastou-se tentando fazer o trabalho que cabia às Comissões Políticas Concelhias. Com a intenção de colmatar lacunas existentes, acabou por se colar mais às questões internas em vez de pugnar pelas temáticas gerais, tal como explícito nos Estatutos partidários.
Faltou coragem! Faltou coragem de colocar os titulares de cargos políticos a fazer o seu trabalho, em prol do Partido ou invés de “guerras civis” alaranjadas.
Voltando ao ato eleitoral, tal como há 18 meses atrás, ‘arqui-inimigos’ uniram-se na ânsia de combater um e, como há 18 meses atrás, alguns ‘cuspiram no prato que comeram’. Até aqui, nada de novo.
Tornou-se um hábito ‘iluminados’ tentarem induzir sentido de voto às bases, mesmo sabendo que existiam poucas — ou nulas — hipóteses de daí obterem resultados.
A necessidade de mediatizar apoios, por si só, revelava que a mensagem não chegava às bases. Dirigia-se a uma elite, os tais ‘iluminados’. Como já foi por várias vezes comprovado — mesmo no PSD/Terceira — as elites não trazem votos!
Mesmo assim, foi vê-los traçar rasgados elogios a um e tentar ofuscar outro, sabendo de antemão que a realidade não se confunde com tal fantasia.
A política não se coaduna com novelas, enredos e dramas, embora, por mais tempo que passem envolvidos nela, muitos não aprendam com os próprios erros. Como escreve um social democrata da nossa ‘praça’: “o maior cego é aquele que não quer ver!”
Muito se escreveu e disse, pouco se acertou em concreto. No entanto, houve expressões que ficaram no ouvido, e que agora se esperam ver concretizadas.
António Ventura foi criticado por “estar agarrado” à política, por “não ter vida própria”, por querer “fazer carreira”.
Outros foram elogiados por “não precisarem da política” para viver, por estarem com “espírito de missão”. Confundindo, intencionalmente, os militantes ao associarem a necessidade de projeção política com ganhos financeiros, sabendo muito bem que, muitas das vezes, a real necessidade é a de “alimentar o ego”.
António Ventura foi criticado por querer gerir os destinos do PSD/Terceira “à distância”, “através das redes sociais”, no entanto, só uma das listas utilizou as redes sociais para mediatizar o ato eleitoral. Ventura não o fez. Mais uma vez, não aprenderam com os erros!
Em congruência com as afirmações proferidas e escritas, seria interessante que todos aqueles que estão em cargos remunerados, eleitos pelo PSD — alguns deles pela mão de António Ventura —, não se revendo nesta nova liderança na Terceira, renunciem aos mandatos, mostrando eles também que não “estão agarrados” e que “têm vida própria” fora da política. Fica o desafio!