Os deputados eleitos pelos Açores na Assembleia da República exigiram hoje que o Governo nacional inicie, de imediato, as ações de descontaminação de solos e aquíferos na ilha Terceira.
No debate e votação dos projetos de resolução de PSD, PS, BE, PEV, CDS-PP e PAN sobre os “Danos ambientais causados pelas forças militares norte-americanas na Ilha Terceira”, o deputado de PSD, António Ventura, lamentou que, “mais uma vez, o Governo e o PS atiraram a resolução do problema para a frente”.
“A responsabilidade, neste momento, era o Governo, ou o PS, dizerem quando se iniciam os trabalhos da descontaminação total”, afirmou o social democrata, acrescentando que assim “não estão a contribuir para a necessária confiança, para o necessário sossego, das populações na ilha Terceira, para quem nos visita e para quem quer lá investir”.
António Ventura realçou que era expetável, no final deste debate, que o Governo, ou o PS, indicassem a “data do início dos trabalhos para a descontaminação total”, salientando que “não eram precisas mais palavras”, mas sim “ação”.
O parlamentar do PSD considerou, ainda, “muito grave” a ausência do Governo neste debate, o que no seu entender revela “desinteresse” e contribuiu para mais “notícias especulativas e alarmismo” sobre o problema.
Também a deputada socialista Lara Martinho realçou que “urge que este Governo da República cumpra o compromisso que assumiu com a ilha Terceira e os Açores”.
“Urge que avance e concretize, rapidamente, este processo da descontaminação. Urge que este Governo da República dissipe todas as dúvidas e apresente um calendário exigente e realizável”, afirmou a vice-presidente da bancada parlamentar do PS.
A deputada socialista açoriana reiterou que “as ações de limpeza e descontaminação têm de ser reforçadas”, constatando que “não podem restar quaisquer dúvidas em relação a locais cujo padrão de contaminação ou não é totalmente conhecido, ou não é conclusivo”.
“A segurança e a saúde pública mas, também, a proteção e a qualidade ambiental têm de estar na base das ações de descontaminação”, disse, considerando que estas ações “têm de ser visíveis”, num “processo transparente e público”, obedecendo a um “calendário exigente mas realizável”.
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