O presidente indigitado do conselho de administração da Atlânticoline, S.A., afirmou ontem que a construção de dois novos navios será uma prioridade da empresa pública que efetua o transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores.
“A construção dos navios é uma prioridade para a Atlânticoline no âmbito da sua missão”, afirmou Carlos Faias, após a sua audição na Comissão Permanente de Economia, em Ponta Delgada, sem que isso coloque em causa o equilíbrio financeiro.
O ex-diretor regional da Habitação, que substitui no cargo o atual secretário regional da Agricultura e Florestas, João Ponte, considerou que “é cada vez mais difícil fretar navios” para realizar a operação sazonal no arquipélago.
Para Carlos Faias, se a Região não tiver navios próprios estará sempre sujeita a condicionalismos, como por exemplo “a disponibilização no mercado de navios para o transporte de passageiros e viaturas, e, caso não existam muitos, o valor do fretamento será maior”, defendendo que a construção de dois novos navios será “mais vantajosa em termos técnicos e económicos” para os Açores, acrescentando que os fundos comunitários devem cobrir 85% do investimento e a região o restante”.
Admitindo que não conhece bem os dossiers da empresa, pois ainda não tomou posse, o ex-governante comprometeu-se a diligenciar “todos os esforços” para otimizar a operação e procurar disponibilizar os horários das viagens “com maior antecedência possível”.
Em Comissão, Carlos Faias elencou sete desafios para a empresa, que passam pelo aumento da previsibilidade da operação marítima, otimização das fontes de receitas, reforço da comunicação e acordos comerciais ou valorização dos recursos humanos, através de mais formação profissional.
“Sinto-me capaz para este novo desafio e tenho competências na área de gestão e administração pública”, garantiu.
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