A Confederação de Municípios Ultraperiféricos (CMU), da qual faz parte a Associação de Municípios dos Açores (AMRAA), foi integrado, desde este mês, como Membro Observador, no Congresso de Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa.
O presidente da AMRAA classifica o momento como “histórico” e fruto do trabalho e persistência da presidência da AMRAA na CMU.
“Assumimos como estratégico e fundamental a presença da CMU neste fórum. É um momento histórico, que decorre na nossa persistência em concretizar uma das maiores ambições da Confederação, no sentido de aproximar os municípios das regiões ultraperiféricas do centro de decisão europeu. Com este acesso ao Congresso de Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, acedemos ao fórum de decisão e influência, onde teremos oportunidade de reforçar e consolidar as reivindicações dos municípios das RUP”, sublinha Roberto Monteiro.
“Todos os associados estão de parabéns e a CMU, que neste momento se encontra numa fase de mudança organizacional, encontra agora um novo alento no seu trabalho”, enfatiza o presidente da AMRAA.
O processo de candidatura foi iniciado e concluído em 2016, durante a presidência açoriana na CMU, ficando pendente a decisão do Congresso de Poderes Locais e Regionais da Europa, que se pronunciou positivamente sobre a mesma este mês.
A CMU tem sido um fórum de discussão, partilha e interação entre os Municípios Ultraperiféricos, visando a estruturação de propostas que possam dirimir os constrangimentos sentidos pelo Poder Local das Regiões Ultraperiféricas da União Europeia.
Em 2016, a Presidência açoriana na CMU, pela liderança de Roberto Monteiro, lançou novos desafios para a organização, visando não só a aproximação da voz do Poder Local das RUP’s a Bruxelas, mas o estudo e a implementação de políticas comuns que visem a redução do desemprego e da pobreza, especificamente do desemprego jovem que nestas regiões é superior aos demais territórios europeus.
“É natural que territórios que sofrem de insularidade e, em alguns casos, dupla insularidade, e igualmente pela sua dimensão e densidade populacional, tenham maiores constrangimentos a nível do crescimento económico, que os centros de decisão e onde se encontram grandes aglomerados populacionais não têm. Acredito que os municípios, como unidades políticas mais próximas dos cidadãos, têm a responsabilidade de trabalhar na melhoria das condições de vidas das populações e no incremento da coesão económica, social e territorial da União Europeia”, explica Roberto Monteiro.
A CMU existe há mais de 15 anos e a adesão ao Congresso dos Poderes Locais e Regionais do Conselho da Europa, concretização da Presidência açoriana, é uma ambição de longa data que agora se consolida.
Foto: CMU
AMRAA/+central