Candidato a deputado — Opinião de Paulo Teixeira

teixeira-opiniaoA pouco mais de um mês das eleições, fui formalmente apresentado como candidato a deputado no passado dia 7 no Lugar dos Lourais, o perfeito exemplo de como a falta de políticas honestas de combate ao despovoamento – tal como acontece por toda a ilha, com reflexos mais acentuados nos Nortes e na zona de Topo e Santo Antão –, deixou a nossa ilha.

Com isto talvez fosse de esperar ver Paulo Teixeira aparecer mais em festas, touradas, funerais, missas, etc… Nada tenho contra quem o faz nestas épocas, mas o meu feitio é de aparecer sim, mas depois de ser eleito deputado para me inteirar das dificuldades e dos problemas das pessoas para poder levá-los ao Parlamento. Não para desfilar de 4 em 4 anos. E esse é o meu compromisso com as pessoas da ilha de São Jorge, muito particularmente, das freguesias da Calheta, que visitarei regularmente.

Nada tenho de pessoal contra as pessoas que integram as outras listas. Pelo contrário, até cultivo entre elas amizades de grande valor. Mas a melhor solução para a ilha de São Jorge é aumentar a representação do PSD.

Os deputados do PS nada nos serviram neste mandato. Não houve um só requerimento a defender os interesses da ilha (o deputado do PSD fez 30!). Foi sempre mais fácil ver os eleitos do PS por São Jorge defender a acão do governo regional do que as necessidades dos jorgenses. Destaco mesmo a situação de votarem contra colocar um barco nas Velas, situação defendida pelo deputado e actual cabeça de lista do PS quando esta era uma das medidas anunciadas em 2006 por outro deputado socialista para projectar a ilha para uma posição estratégica no transporte de passageiros.

Como é possível?

Não me considero um político típico, mas alguém que luta pela sua terra e que nunca soube escolher os caminhos mais fáceis para se colocar pessoalmente em posições favoráveis. Tenho lutado por aquilo em que acredito, levantando a voz sempre que é necessário. É com isso que me comprometo continuar a fazer na Assembleia Legislativa Regional. Não sou instrumento de ninguém nem estou na lista por imposição de quem quer que seja a troco de favores.

Contem com a minha voz em defesa da ilha de São Jorge.

Já o escrevi, este Governo está a lançar obras e procedimentos a poucos dias das eleições quando o que se aceitaria é que estivesse a inaugurar o que prometeu em 2012. Mas as obras que agora se badalam fazem parte do manifesto de 2008: Escola da Calheta, Porto do Topo, Museu Francisco de Lacerda…

Deve ser por isso que as palavras mais comuns do Dr. Vasco Cordeiro, por estes dias, são “Continuar a apoiar”. Enfim a confissão de esgotamento e incapacidade de 20 anos de Governação socialista.

A confusão – ou gerigonça, como está na moda no que diz respeito a acordos com o PS –, instalada em São Jorge, com os independentes a influenciarem a constituição de várias listas, como que querendo substituir-se aos eleitores na escolha de quem será eleito, está a gerar muita desconfiança. Na verdade, estão a defender a ilha? – e muito especialmente a Calheta –, a cujos eleitores prometeram dar vida ao concelho?

Na minha modesta opinião, e para os eleitores do Concelho da Calheta, vejo a coisa muito simples:

Queremos ou não eleger um deputado da Calheta?

Se queremos há que votar PS ou PSD, com todo o respeito que me merece o Paulo Fontes. Há que escolher entre Adroaldo ou Paulo Teixeira, porque votar PP é contribuir para tirar representação à Calheta e fortalecer a representação das Velas.

Acredito que posso ser um bom representante da minha ilha no Parlamento Regional. Acredito que serei digno do vosso voto no próximo dia 16 de Outubro.

Seja como for, peço a todos que façam uma análise da consequência do voto que vão entregar na urna. Muita gente vai andar a pedir votos por esta e aquela razão. É uma questão de pensarem – “cada cabeça a sua sentença”. E no fim, lembrem-se o voto é secreto!

Caros jorgenses

Chamo-me Paulo Teixeira e sou candidato na lista do PSD. Sou natural das Velas e resido em Santo Antão, onde presido à freguesia e à Casa do Povo. Tenho 46 anos, sou casado com Paula Silva e somos ambos pais do Guilherme, do Diogo e da Madalena.

Como candidato, vou fazer por passar a mensagem, mas não alterarei radicalmente a minha forma de ser no dia-a-dia. Não sou pessoa de circo mas de trabalho. Uma vez eleito, contem com a minha presença por todo o lado e uma atenção muito cuidada à ação do Governo Regional na ilha de São Jorge.

Juntos podemos fazer muito mais pela ilha de São Jorge.

 

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