O vice-presidente do Governo dos Açores revelou hoje que os bons indicadores económicos registados entre 2014 e 2016 na ilha Terceira inviabilizam a criação de uma zona económica especial para a área envolvente ao Porto da Praia da Vitória e aeroporto das Lajes.
“(…) em 2015, a ilha Terceira registou um aumento de 48 milhões de euros do seu Produto Interno Bruto, mais 6,% em relação ao ano anterior, e em 2016 voltou a ter um aumento 21,3 milhões de euros do seu Produto Interno Bruto, mais 2,5%, ou seja, de 2014 a 2016, segundo os dados provisórios conhecidos, a ilha Terceira teve um crescimento de 69,3 milhões de euros no seu Produto Interno Bruto, com um crescimento nominal de 8,7% nos dois anos”, afirmou Sérgio Ávila, em reunião com o Conselho de Ilha, em Angra do Heroísmo.
Ainda sobre os indicadores económicos, o governante revelou também que, no início de 2015, altura da redução de efetivos militares na Base das Lajes, existiam 2 716 desempregados na ilha e, no final de 2017, existiam apenas 1 643, o que representa uma redução de 39,5% no número de desempregados. Sérgio Ávila acrescentou, ainda, que, relativamente a agosto de 2018, este número baixou 44%, existindo menos 1190 terceirenses desempregados.
Segundo o vice-presidente, os dois pressupostos para a Comissão Europeia aceitar a criação desta zona económica especial na Praia da Vitória — recessão económica acentuada e crescimento do desemprego — ficam condicionados.
Sérgio Ávila sublinhou que, da parte do Governo regional, o “trabalho de casa” está feito, contando igualmente com o apoio do Governo da República para remeter o pedido à Comissão Europeia.
“Temos disponibilidade absoluta para remeter todo o trabalho feito à Comissão Europeia, e o Governo da República também está disponível para o fazer, mas salientamos, sem qualquer demagogia, que os pressupostos para a Comissão Europeia aceitar um processo destes não se verificam neste momento, felizmente”, realçou.
Foto: JEdgardo Vieira
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