O cabeça de lista do Bloco de Esquerda Açores pelo círculo eleitoral de São Jorge, às eleições legislativas de outubro, assume o combate ao desemprego e à desertificação na ilha como prioridades.
“Os programas ocupacionais que, também em São Jorge, dissimulam o flagelo regional do desemprego, não passam de uma forma de mão de obra barata, sem direitos, e colmatam as lacunas e necessidades de muitos serviços”, afirmou Paulo Fontes, na apresentação da candidatura, na freguesia do Topo.
No entender do ex-líder da JS/Calheta, esta foi “a forma que o PS arranjou para contribuir para a precariedade laboral”.
O assistente administrativo no Centro de Saúde da Calheta lamentou que numa ilha com pouco mais de oito mil habitantes, com uma população envelhecida, não existam “ofertas de emprego” nem “incentivos que fixem os jovens”.
“Necessitamos de pessoas que não se desfaçam em promessas mas que trabalhem para fazer a diferença”, frisou.
Segundo Paulo Fontes, uma das provas da desertificação de São Jorge é o facto de o número de deputados atribuído ao círculo eleitoral da ilha ter diminuído de quatro para três, nestas eleições legislativas regionais, em função do número de eleitores.
“É importante que haja uma tomada de consciência dos jorgenses, no sentido de pensarmos se estamos a ter as políticas corretas ou não”, salientou.
No entender do candidato é necessário um reforço de ligações aéreas e marítimas para ilha, para dar maior mobilidade aos residentes e atrair mais turistas.
“É necessário haver mais ligações aéreas ou que se utilize um avião maior. Quando chega a época alta e começam a circular mais pessoas, ficam poucos lugares disponíveis”, realçou.
Paulo Fontes tem 41 anos, reside na Ribeira Seca, na Calheta, e foi membro do secretariado socialista no concelho.
Foto: Paulo Fontes Facebook
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