A estrutura da Terceira do Bloco de Esquerda (BE) lamentou hoje a postura assumida pela Assembleia Municipal de Angra do Heroísmo relativamente à contaminação de solos e aquíferos na ilha, por considerar que a mesma relega para segundo plano uma questão de saúde pública.
Os bloquistas terceirenses entendem que a incisão daquele órgão autárquico apenas sobre os impactos nos setores do turismo e da agricultura demonstra despreocupação sobre o primário da situação que é a saúde da população dos concelhos de Angra do Heroísmo e Praia da Vitória.
“Encarar a contaminação como um problema de saúde pública é um passo fundamental para evitar consequência futuras graves”, referem em comunicado, criticando a utilização da a expressão “Chernobyl do Atlântico”, utilizada pelo presidente da Câmara de Angra do Heroísmo para se referir ao crime ambiental existente na ilha.
No entender do BE/Terceira, estes termos revelam “uma falta de respeito por todas as vítimas de Chernobyl, mas também uma falta de respeito pelos terceirenses que temem pela sua saúde e pela qualidade ambiental da sua ilha”, estranhando, ainda, que o atual autarca, que no ano de 2008 assumiu as funções de secretário regional do Ambiente e do Mar, “não tenha tido, à altura, uma postura mais assertiva relativamente a esta situação, que pudesse ter evitado aquilo que atualmente diz temer: a mediatização da contaminação”.
O BE Terceira reforça a sua posição acerca da importância da celeridade neste processo para que se proceda a uma resposta eficaz na descontaminação de aquíferos, solos e subsolos, bem como se avaliem outros possíveis focos contaminantes.
Foto: Bloco de Esquerda Açores
GI BE/+central