Agricultura e Pescas querem aumento de verbas no Orçamento da Região para 2017

O presidente da Federação Agrícola dos Açores e o presidente da Federação das Pescas dos Açores defenderam ontem o aumento e redirecionamento de verbas de investimentos em infraestruturas para o rendimento dos dois setores na Região.

“O que pretendemos é mais aumento de verbas para o setor e que a ajuda dos 45 euros por vaca leiteira tem que se manter intacta durante o ano de 2017”, afirmou Jorge Rita, ressalvando que esse aumento “não está identificado” por ainda não haver dados sobre a execução do ano anterior.

Insistindo em mais verbas para a agricultura, Jorge Rita, que se fez acompanhar de representantes de duas associações da ilha Terceira e da Associação de Jovens Agricultores de São Jorge, na audição com o presidente do Governo dos Açores, considerou estarem identificadas as razões para esse reforço, como “o bom nível de execução da produção em todas as áreas, apesar da crise que está instalada”.

“Percebemos, claramente, as limitações que existem, mas um setor tão importante e vital na nossa economia, quer em termos económicos quer em termos sociais como a agricultura, tem que ter sempre da parte do Governo [Regional] uma atenção especial”, defendeu, notando que esse investimento, apesar da crise, tem sempre retorno.

A este propósito justificou com a manutenção das “pessoas nos meios rurais” ou o emprego.

“[O setor] continua a ser o melhor exportador daquilo que produzimos na região e potencia outros setores de atividade, derivado da nossa paisagem, que a mantemos”, acrescentou o presidente da Federação Agrícola dos Açores, referindo, também, ser “indispensável” a continuidade do investimento em infraestruturas, como os matadouros ou o abastecimento de água e eletrificação das explorações.

Por outro lado, Jorge Rita declarou como “essencial” que “os pagamentos comprometidos sejam feitos, grande parte deles até ao final do mês de janeiro”.

Já nas pescas, Gualberto Rita quer ver o redirecionamento desses investimentos que possam ser feitos em infraestruturas para o rendimento dos pescadores”, admitindo que possam existir “investimentos que, neste momento, já não façam tanto sentido de avançar”.

Reafirmando a necessidade de serem redirecionadas essas verbas “sempre em vista o aumento do rendimento dos pescadores”, o presidente dos pescadores açorianos não especificou, contudo, nenhum investimento.

“Eu não quero avançar com nenhum exemplo, até porque nós queremos que o Governo [Regional] nos transmita quais são os investimentos que ainda têm possibilidade de ser revistos”, declarou o presidente da Federação das Pescas, adiantando que na reunião com o presidente do executivo açoriano transmitiu ainda as “preocupações” do setor.

A Federação das Pescas dos Açores representa 11 associações com cerca de 3.000 pescadores, cerca de 80% dos profissionais do setor no arquipélago, referiu o dirigente.

Na reunião estiveram com Gualberto Rita, também presidente da Cooperativa dos Pescadores da Ribeira Quente, representantes das associações de pescadores de São Jorge e Graciosa, e de Produtores de Atum e Similares dos Açores.

 

 

 

 

Foto: Direitos Reservados

Lusa/+central

 

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